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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Uma visita a Lisbon South Bay - A Margem Sul no seu esplendor!

Eu e o meu irmão - esse homem lindo com alma doce e piedosa, que também está solteiro e (que tal como a sua irmã) também já foi encornado uma ou duas vezes - fomos convidados a ir à Margem Sul (MS) onde mora uma das colaboradoras do nosso Blog. 
E sim, eu sei que isto de ir à margem sul, só de si, pode parecer assustador, mas nós quisemos dar uma oportunidade aos locais avassaladores da MS e decidimos ir ainda mais longe, na direcção do Barreiro.

Chegados ao Barreiro, descobrimos que aquilo não era assim tão mau (a sério!), não havia nenhuma radiação digna de mutações genéticas, nem poluição tóxica, nem traficantes na rua, nem assassinos em série, nem papões (embora eu e o meu irmão já estejamos por tudo e não nos importássemos de ser papados). "Mal-afamado está o Barreiro, e afinal isto até é engraçado" pensámos nós. Fomos então ter com a colaboradora, onde lanchámos, bebemos uns vodkas e discutimos sexo oral (porque só falámos mas não fizemos).
Saídos da casa da nossa amiga, decidimos ir a uma Hamburgueria artesanal margem-sulense, toda ela muito na berra, toda ela cheia de retoques típicos da Hamburgueria do Bairro ou Honorato, mas toda ela muito mais barata (o que, por si só, é aliciante), e, toda ela cheia de boa publicidade: a Hamburgueria Fidalgo situada na Quinta dos Fidalguinhos (Fidalgos bebés). 

O Jantar:

Chegados à Hamburgueria, deparamo-nos com um espaço agradável e com um cheirinho maravilhoso, que prometia uma ótima refeição.
A fila para entrar era descomunal (nunca pensei que o Barreiro fosse tão Vogue), ficámos à espera de mesa, com cerca de 30 pessoas à frente, mas como o meu irmão tem a mania que manda (#tenhoamaniaquesouCEO) e estava com muita vontade de experimentar aqueles hambúrgueres, decidimos esperar. 
Começámos a esperar sentados na entrada (enquanto olhávamos para os pratos a passar por nós em direcção às mesas), 10 minutos. Fomos até ao cantinho das crianças, fazer o jogo do galo, outros 10 minutos. Depois decidimos encostarmo-nos a uma parede, a olhar fixamente para as pessoas que comiam, enquanto fazíamos um ar esfomeado (não resultou, os barreirenses não têm pena), mais 10 minutos. Até que decidimos colarmo-nos ao bar, onde não consumimos nada mas ficámos a olhar para a rapariga da caixa (que não acusou pressão - cold as ice) e a perguntar de 30 em 30 segundos se já nos podíamos sentar.

Finalmente lá nos vieram chamar (yeiiiii!)! Conduziram-nos em direcção à nossa mesa, que pelos vistos estava situada numa parte do restaurante que não tínhamos visto: zona seleta, zona escura, zona recôndita, zona longe do alcance de toda a gente (inclusivamente dos empregados, como mais tarde viemos a comprovar). O sítio era assustador para car***o, e não tinha nada a ver com o resto do restaurante, a maior parte das lâmpadas por cima de nós estavam fundidas, e as que não estavam piscavam como no filme Saw, sentaram-nos praticamente em cima da janela da cozinha, onde saiam pilhas (e pilhas...e pilhas...e pilhas) de loiça suja, e, a mesa minúscula estava toda pegajosa. 

Esperámos que alguém nos viesse trazer a ementa, o que aconteceu cerca de 15 minutos depois de estarmos sentados. Uma das empregadas lá se lembrou que existia aquele Bunker de cativeiro anexado ao restaurante e veio ter connosco, entregou-nos a ementa, e, até foi muito simpática, mas na realidade foi a última vez que a vimos - possivelmente foi morta e enterrada na cozinha - porque após a entrega da lista para escolhermos, desapareceu para parte incerta...



Esperámos...Esperámos...Esperámos...
Bem, ao fim de 30 minutos de fome e solidão, achámos que talvez fosse altura de irmos embora. 
Olhámos um para o outro sem dizer nada, acenámos com a cabeça e fomos. Passámos por todos os empregados, que nem deram por nós, completamente assolados em trabalho (talvez fosse uma boa ideia contratar mais pessoas, hã, Senhores Fidalgos?) e fomos em direcção à porta. 
Como já era quase meia noite, não tivemos outra opção senão ir comer um hambúrguer não-artesanal, daqueles onde a carne provém de frangos sem cabeça, só com uma asa e três patas.

Comemos o tal hambúrguer mutante, e, já sem fome e cheios de boa vontade, decidimos dar mais uma oportunidade à Margem Sul, e fomos investigar Bares interessantes onde pudéssemos fumar um cachimbo de água (a chamada Sheesha ou Narguilé) e relaxar um pouco. Dos vários bares que encontrámos no Google, situados na Margem Sul, optámos pelo pior (como é óbvio) ....

O Bar Marroquino:

O Bar Marroquino escolhido foi o Aliba'bar, sito em Santa C*** de Assobio...digo, em Santa Marta do Pinhal (disse bem?). E embora esteja num local um pouco distante apenas detectável pelo GPS (e não são todos), é, na realidade, um espaço bonito e muito bem decorado, e digo-vos, se estivesse limpo, se o chá fosse tragável, e, o cachimbo de água não estivesse a cair aos bocados, teria tudo para ser o melhor bar de Lisbon South Bay e arredores, porque o espaço tinha mesmo potencial.

O espaço:
Tal como já referi, o espaço era bom, mas podia estar um bocadinho (leia-se muito) mais limpo. Podia também, ter papel higiénico na casa de banho, mas na realidade, também vos digo que, percebo todo um conceito do "se querem cagar, vão a casa que isto aqui não é da vossa mãe". Percebo. Respeito. O bar é amplo, tem uma cobrinha muito fofinha na qual podemos fazer festinhas - e não, isto não tem a conotação sexual que lhe estão a dar, embora eu tenha a certeza que se o meu irmão quisesse acariciar cobrinha alheia, também haveria quem deixasse - e a decoração está soberba, tem uns pequenos cubículos com muita privacidade e o ambiente a meia-luz é excelente. Aliás, conselho de Sozinha, Seca e Amarga: se estão a pensar engatar alguma miúda, é o sítio certo, porque podem fazer tudo o que quiserem naqueles cubículos (ninguém vê a não ser que tenha equipamento de Infra-vermelhos e luz negra) e têm até, uma probabilidade elevada de encontrar um preservativo perdido pelo meio daquelas almofadas (poderá é ser de 1999 e já estar usado, mas em tempo de crise não se limpam armas).

O chá:
Como é que eu hei-de dizer...o chá foi possivelmente a maior merda que eu já bebi nos últimos tempos (e já estou a contar com vinho a martelo produzido pelo meu tio alcoólico). Era horrível. Dizem que é chá marroquino, mas eu estive em Marrocos e nunca bebi tamanha merda.
Obrigaram-nos a pedir dois bules, porque "o chá é individual e não pode ser dividido por dois", quando na realidade, o bule dava para 5 ou 6 pessoas (ou 100), porque depois de um trago daqueles, perdemos a sede e a sensibilidade na língua por 2 horas.

O cachimbo de água:
Pedimos o cliché: Sheesha de menta, com rum e água. E a acção normal num bar marroquino, é colocar muito mais água do que rum (os espertinhos). Pois bem, aqui não podemos apontar o dedo, pagámos bem pela Sheesha (13€), mas não podemos reclamar, porque, acho que nem sequer meteram água, foi tudo rum. Estava fortíssima, ao ponto de chorarmos, porque parecia que estávamos a lamber malaguetas. Por sua vez a estrutura do cachimbo de água estava a desfazer-se, partida em vários sítios, com a mangueira rota, o que originava fugas de fumo por todo o lado.
Apelidámos carinhosamente aquela obra de arte de Hardcore Sheesha
Após o chá e a Sheesha, tivemos de nos apoiar um no outro para sair, porque eu não via e o meu irmão não conseguia falar.




Avaliação final da noite passada na Margem Sul:

O Restaurante Hamburgueria Fidalgo, merece, da nossa parte, a avaliação final de 1 estrela*.
O espaço seria agradável se não nos tivessem levado para o Bunker, a comida não conseguimos avaliar porque não nos deram de comer (?).
O preço médio por pessoa permanece incógnito (?), mas ouvimos dizer que era barato.

O Bar Aliba'bar, merece, da nossa parte, a avaliação de 2 estrelas** (até podem ser menos estrelas, mas depois da Hardcore Sheesha está tudo muito enevoado na minha cabeça).
O espaço era bonit(inh)o, mas não lhe vou meter lá mais estrelas, porque só devem limpar uma vez por ano e depois é mais uma coisa para aspirar. O chá era uma porcaria por isso não merece sequer a atribuição de estrelas. A Hardcore Sheesha era assustadora, mas depois de a fumar não sei se lhe dê estrelas ou luas...
O preço médio por pessoa é 10€ (20€ o casal, o que é normal para um bar árabe).

No geral, a Margem Sul - Lisbon South Bay, até pode corresponder a uma noite agradável, mas como eu e o eu irmão temos algum azar, calculámos que fosse um problema nosso. 
Por isso, decidimos dar mais uma oportunidade à Margem Sul. Pessoal da MS, queremos voltar! 
Aceitam-se ideias!

Lambidelas Amargas

Amêndoa Amarga e o seu irmão (Forever Alone).

Para ler este artigo na visão (turva) e masculina do meu irmão: http://peripeciasdeumsolteiro.blogspot.pt/2016/09/uma-ida-margem-sul.html


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